quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal e um Ano de 2010 recheado de saúde

DESEJO UM FELIZ NATAL E ANO NOVO DE 2010 A TODOS
Postal da Escola c/desenho da minha filha Sofia (5 anos)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

VI Encontro do Luso-Poemas (5 de Dezembro 2009) em Braga- Apresentação da antologia “Trago-te um sonho nas mãos”





















Vídeo - Apresentação do livro "Trago-te um sonho nas mãos" Mosteiro de Tibães no VI Encontro do Luso-Poemas




(Texto de António MR Martins)
Sábado, 5 de Dezembro…Às 6h 30m já estávamos fora de casa a caminho da cidade de Braga, que mais tarde acolheria os Luso-Poetas, vindos dos mais diversos lugares deste Portugal poético, no belíssimo Café Vianna, inserido num edifício de majestosas fachadas. Foi o dia do VI Encontro Nacional do Luso-Poemas…Primeira paragem em Coimbra, mais propriamente em Santa Clara, como tanto o Pedro Baptista gosta que se diga, para o irmos buscar em termos da boleia prometida (a partir dessa hora mais um Luso era colocado a caminho de Braga, Xavier Zarco…).Breves quilómetros à frente, mais precisamente na área de serviço da Mealhada/Cantanhede, nova paragem para nos anexarmos a outro grupo de intervenientes no evento. Conforme combinado, lá estava a Vóny Ferreira (implementadora da antologia “Trago-te um sonho nas mãos”. Este livro iria ter a sua apresentação, como parte integrante do programa estabelecido pela generosa organização do evento, onde saliento José Torres e Roque Silveira. Esta obra, desenvolvida por alguns dos grandes Luso-Poetas, teve, e tem, por fim ajudar a Instituição ASAS, de Santo Tirso, que tem o seu papel principal na recepção de crianças necessitadas, portanto uma atitude altamente dignificante e louvável.), vinda de Leiria, com os seus acompanhantes e, surpresa das surpresas, por lá já encontrava Cristina Pinheiro Moita, ou seja a Mim deste sítio. Após a tomada do café da ordem retomámos viagem, agora com um grupo bem mais composto. E lá continuámos em direcção a Braga…Lá chegados, prontamente procurámos saber da localização do local de encontro, o aludido e referenciado café, que afinal de contas se situa no verdadeiro centro da cidade. Foi a apogeu o encontro inicial, para muitos reencontro, para outros o conhecimento puro e humano, para além do virtual. Ali estavam o José Torres, a Roque Silveira, a MathildeGonzalez, ConceiçãoB, Nitoviana, Caopoeta, FreitasSantero, Rosafogo, Moreno, JSL, Animarolim, Ana Martins, AbreuDiogo, FlávioSilver, Pedra Filosofal, Cleo, Vanda Paz, Olema Correia, Francisco Boaventura, Horroris Causa, Ilia Mar, Alemtagus, Valdevinoxis, Los, Henrique Cachetas, entre outros que neste momento não me ocorre o nome. Depois foi a reunião em fila automóvel com destino ao local do almoço, a churrasqueira Martins, nos arredores de Braga.Continuou a belíssima confraternização, em salutar convívio, e as surpresas do conhecimento e do reencontro não pararam, mais nomes a aparecerem no local, LuciusAntonius, Rosamaria, entre outros, e a enorme surpresa da tarde a presença da brasileira Ibernise, distinta usuária deste “site”, que fez com que este encontro se tornasse internacional, ou Luso-Brasileiro, conforme quiserem. Ibernise, uma senhora da escrita, muitíssimo afável e carinhosa, para com todos nós. Foi um prazer enorme ter com ela convivido, meu agradecimento particular.Passado o tempo para almoço, reuniram-se as”tropas”, e, lá fomos no encalço do local que nos levaria ao êxtase das palavras e da comunicação, para além do conhecimento e da cultura, pela visita que antecedeu o lançamento da obra já referida, o Mosteiro de Tibães. Grandioso monumento de uma beleza ímpar, que se encontra em gradual trabalho de conservação e manutenção, mas que nos transmitiu muitas histórias da História, pela exemplar visita guiada. Aqui, mais alguns nomes da escrita e deste sítio se juntaram aos já referidos, onde referencio a Carolina, e aos omitidos pela memória não registada. Depois da visita, a reunião no espaço concebido para situações idênticas à que teve lugar nesse meio. Foram momentos únicos, onde a mesa de honra, composta por (da esquerda para a direita) Roque Silveira, José Torres, representante da ASAS, Vóny Ferreira, Ibernise e Pedro Baptista, pela Temas Originais (Xavier Zarco, no Luso), nos elucidou sobre o decorrer da organização, das dificuldades que foram tendo e de tudo o que com o evento se relacionou. Da representante da ASAS o agradecimento. Da Ibernise a informação de toda esta interacção, da Vóny todo o desenrolar da obra em questão e da colaboração dos autores nela inseridos e do Pedro a recepção dos trabalhos e conclusão do livro. De seguida leu-se poesia por diversos intervenientes (Vóny, Mim, Armindo (um autêntico espectáculo), Diogo, Valdevinoxis, Alemtagus, Moreno, Xavier Zarco, entre outros). No final da sessão todos os Lusos foram presenteados com luminuras e mapas antigos, da cidade dos arcebispos, entregues por Roque Silveira e por uma belísima escultura da autoria da artista Olema Correia, sogra do grande incentivador e cabeça da organização do evento, José Torres.Estivemos sempre acompanhados da chuva, por vezes a cair fortemente, mas tal não foi entrave para o agradável continuar da nossa reunião e convívio, que daquele local se transferiu para um café do centro de Braga, de que é proprietário um outro usuário desta casa, Paulo Themudo. Espaço muito intenso, onde intensa continuou a ser a empatia que foi revestindo todos os momentos que se foram passando. Ali novos elementos do Luso se juntaram (uns porque não puderam estar mais cedo, pois tiveram de trabalhar nas suas reais profissões, outros porque só por naquela altura chegaram a Braga) tais como, poesiadeneno, Alexis e uma outra que me apraz registar, sobremaneira, um imenso Mar… Margarete. Foi um momento muito alto para mim, ter tido a hipótese de a conhecer pessoalmente, aquela linda mulher, tal como o são suas palavras, que admiro imenso, desde a minha primeira hora no Luso e do desenrolar do conhecer do mesmo, sou fã da sua escrita, ela sabe-o bem.Finalmente, o epílogo do dia que decorreu pela noite fora (até depois das 2 horas da madrugada, em casa do José Torres, na periferia de Vila Verde). Após o jantar (o frango teve o paladar do faisão, pelo fulgor criado à volta daquela ambiente, que jamais esquecerei…). Houve música, leitura de poesia, cânticos diversos, soaram anedotas, houve amena cavaqueira, enfim foram momentos de pura magia e inesquecíveis.Agora, uma palavra de sincero agradecimento ao anfitrião José Torres: - Eu e a Luísa estamos deveras gratos por tudo. Obrigado família Torres.Agora ficamos a aguardar a realização do próximo encontro…Até lá!

António MR Martins

domingo, 29 de novembro de 2009

Lançamento dos livros "Traços do Destino" de Vera Sousa Silva e "Quase do Feminino" de António MR Martins
















A poesia a amizade e a fotografia estiveram em sintonia
Vejam o vídeo!!!







































Na tarde do dia 28 de Novembro de 2009, tive o enorme gosto de estar presente no lançamento destes dois livros com autores que muito admiro. Nesta tarde partilharam-se momentos muito agradáveis, num bom clima de amizade e letras. Uma bela tarde bem passada! Fiz três coisas que muito gosto, ler poesia, fotografar e conviver na companhia de bons amigos, quero partilhar convosco estes momentos num pequeno vídeo com fotos minhas, excluindo as fotos onde estou, que foram tiradas por um grande fotógrafo e amigo José Alex Gandun e a minha amiga e prima Luísa Martins que tanto gosto e o seu filho poeta e fotografo Gonçalo Lobo Pinheiro.
Livro “Quase do Feminino “ de António MR Martins – Já li!
Livro “Traços do destino” de Vera Sousa Silva – Estou na pág. 39! Está quase!!

São dois livros a não perder!!!!

Cristina

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mulheres Maltratadas


Nos trilhos escondem-se com o medo, sem ternura ou credo
Empurradas pelos caminhos, na opressão a falta de coragem
Levantou-se a mão apresada, correndo desnorteada
Dando chapada sem justificação, num acordar sem perdão

Na liberdade procurada, tantas vezes descompassada
Por um arbitro, arbitrando mal a questão
Essa sorte encontrada, pode está dentro de ti mais nada
Numa luta triste pela vida de alguém, que pode estar na tua mão

Não sejas cúmplice, grita a razão
Chama a policia, ajuda a limpar a questão
Mulher que sofre sem razão ou inocente maltratada
E tu tapas os olhos , os ouvidos e todos os sentidos

Cobardes entram e saem, mas se voltarem lá muitas vezes
Pode vir a condenação, tão desejada
E elas sem ajuda não são nada
Podem não acordar de tão mal tratadas
_____ " _____
Muitas mulheres sofrem caladas com a violência física e psicológica , qualquer uma delas deixa marcas profundas no ser humano, muitas chegam mesmo a perder a vida. É sempre bom recordar este “ Dia Internacional de Combate à Violência contra as Mulheres”…numa ajuda humanitária diária!

Cristina

Sem comentários

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lançamento dos livros "Quase do Feminino" e "Traços do Destino e outros contos"

Os autores António M R Martins e Vera Sousa Silva e a Temas Originais, têm o prazer de os convidar a estarem presentes na sessão de lançamento dos livros "Quase do Feminino" e "Traços do Destino e outros contos" a ter lugar no Auditório do Campo Grande 56, em Lisboa, no próximo dia 28 de Novembro, pelas 16h.Obras e autores serão apresentados por Catarina Boavida e Carlos Teixeira Luís, respectivamente.

Um evento a não perder.

domingo, 22 de novembro de 2009

Na minha beira



Vem sentar na minha beira, ao pé da porta
Quero sentir-te bem pertinho, ao pé de mim
Como uma ponte que me trespassa o horizonte
Entre o querer e o ser de querer que é para ti

Esta margem do meu corpo, te transporta
É margem dúbia de saudade dentro de ti
A forma intensa sobre um retrato, que te vi
Porta-retratos de um passarinho no jardim

Fotografia sépia entre a cor e um benjamim
A parte incerta no retoque do capim
Mar negro em meu olhar, vestido em ti

A cor aberta, que não deixo fugir de mim
Suor do peito em tatuagem de jasmim
Na correnteza dessa margem que vem daí

Cristina

domingo, 15 de novembro de 2009

Cor escarlate do medronho

Hoje, quero te tanto
Claro que menos que amanhã
E muito mais que ontem
Assim como penso e sonho
Cada palavra que não me sai
Cada momento na rotina que me atrai
...cada verso é o teu olhar no meu risonho
Cada beijo a cor escarlate do medronho
Varie rimada em cada anjo e demónio
...Noite sagrada
...Noite lustrada
Em, cada pegada, do teu clamor
Sigo uma estrada, corro o caminho
Do teu amor!

Cristina

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Os tempos choram a liberdade das crianças


Esta vida, que nos dias de hoje se torna cativa
Num mundo virtual que se torna real
Deixando ao longe um reconhecimento profundo
De uma vida travessa, nas portas do quintal
Onde estão
…todas as crianças do mundo
Que brincavam com magia na terra e no trigal?
Só subiam a casa quando as noites eram frias
Ou nos dias travessos em que se portavam mal
Falta o ralhar das vizinhas, das flores que arrancavam
Nas brincadeiras no murro do quintal
Até as bicicletas caídas, pedem o mercúrio para as feridas
Com tantas saudades que têm, de andar…
As janelas secam os olhos, de não ver os miúdos
A pedir água, de tanto correr e saltar.
Já não há fogueiras ateadas e, alcachofras contadas
Nas noites mais ansiadas das canas cortadas
Eram focos as crianças que corriam nas ruas
Sempre iluminadas com o cheiro da terra palmilhada
nessa partilha e troca de flores
A liberdade foi cortada, por tanto protegermos as crianças
Neste mundo, polémico e mediático
Nesta suposta evolução, onde aparece tanta dor!

Cristina


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Apresentação do meu livro "Corpo de Corcel" no dia 07/11/2009 (Vídeo e fotografias)









Um dia muito bom, para nunca esquecer, na companhia dos amigos e da família. Quero partilhar com quem esteve presente e com quem não pôde estar. O Vídeo transmite um pouco dos sentimentos que se viveram, neste dia!


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Os Prémios do Desporto em Vila Franca de Xira no dia 07/11/2009 (Jornal Vida Ribatejana)





Antes de começar o lançamento do meu livro "Corpo de Corcel" no dia 07/11/2009, tive o orgulho e o privilégio de ver o meu filho a receber no mesmo local o prémio de desporto, Prémio Revelação do Ano pelo Jornal Vida Ribatejana.
Receberam o Prémio por alcançarem um resultado histórico no Basquetebol, ficaram no quadro de honra da União desportiva Vilafranquense (1º Titulo na história da UDV), ganharam o campeonato Regional de Lisboa e, o 1º Lugar no Xirabasket. A 1ª Vitória da UDV no Xirabasket em 19 anos de torneio internacional.
O 8º Lugar entre 214 equipas a nível nacional.
-Só posso dar os parabéns a todos os jogadores, treinador e pais que colaboraram. E dizer a todos os jogadores (com um carinho muito especial ao meu filho)...continuem sempre assim, e também com a humildade que sempre vi nos jogos!Força!!!
Parabéns!!!




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lançamento do Meu livro "Corpo de Corcel", Cristina Pinheiro Moita - 7 de Novembro de 2009 em Vila Franca de Xira


O Presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, José Fidalgo, a autora, Cristina Pinheiro Moita (mim), e a Temas Originais têm o prazer de o convidar a estar presente na sessão de apresentação do livro “Corpo de Corcel” a ter lugar no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, sito na Rua Dr. Vasco Moniz, 27/29, Vila Franca de Xira, no próximo dia 7 de Novembro, pelas 16:00.
Obra e autora serão apresentadas pela poetisa Vera Sousa Silva.
Esta sessão contará com a leitura de poemas pela Prof.ª Ermelinda Caetano e pelo poeta António MR Martins.

Espero um Abraço dos amigos...
E deixo um abraço, a todos os amigos que não vão poder estar presentes...vão lá estar, dentro do meu coração!

Cristina

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Senti uma lágrima

Senti uma lágrima a querer balançar
Na rua do sal, presa a sufocar
Senti uma lágrima nas ondas do tempo
Numa cara triste, brilhando em tormento

Senti uma lágrima, devagar…devagar…
Colada ao rosto, não me queria deixar
Eu lavei o rosto, a tentar disfarçar
Mas ela era minha, insistia em rolar

Eu prendi a lágrima, não deixei passar
Ficou presa ao rio, que me queria afogar
Caiu na garganta, num gole de ar

Mas um pingo de água, conseguiu passar
Caiu numa folha, num sonho a voar
Levado num sopro, perdeu-se no mar

Cristina



Mulher de Outono


Despe-te...
Toca-me...
Vem de uma lufada
Sou folha de Outono
Relógio em enrugada
Num tom amarelo
Já quase velada
Espero o teu vento
Num banco sentada
Sem medo do tempo
Sem medo de nada
Só quero o teu vento
Perdido em nortada
Na estrela imensa
Que fica acordada
Na luz do teu dia
Falua que guia
Em noite esguia
Letra apaixonada
Em noite...
Em dia...
Ventania amada
Paisagem Idónea
Um corpo Éden
Em vento de rajada
Cristina

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

BENFICA EM GRANDE

A equipa do Benfica que ganhou ao Everton 5-0
Hoje venceu ao Nacional por 6-1


O meu Benfica está em grande
Andam lá os rapazes a jogar sem parar
Que nada os impeça de continuar...
Eu cá estou!... Para festejar!
Está linda a foto!...
Com o mérito de quem sabe bem fotografar,
o meu amigo (primo) Gonçalo Lobo Pinheiro
Que é um fotografo, que se pode bem elogiar.
Este vermelho destaca-se no verde...a arrasar!

Cristina

sábado, 24 de outubro de 2009

Apresentação do livro"Contos Anarquistas" de PEDRO BARROSO





No passado dia 22 de Outubro de 2009 foi a apresentação do livro “Contos Anarquistas” pela Editora Temas Originais, do grande cantor, músico e escritor PEDRO BARROSO. Um momento inesquecível de cultura e boa disposição. Uma apresentação, forte e emotiva, deixo aqui algumas das fotos dos bons momentos, fotografadas e oferecidas por o amigo José Alex Gandum.

Musica de Pedro Barroso




quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Rua vazia

Subia a rua a Maria
E a noite não a via
Na calçada que temia
Os pés da Maria

A telha batia
A lua chorava
O gato chamava
A floreira dormia

E na rua ao lado
A vida apressada
Não parava e corria
Cafés e folias

A mãe não deixava
O pai impedia
E na noite chovia
No luar da Maria

Na rua o canteiro
Completo de encanto
Enfeitava e vertia
Água de utopia

A passarada falava
Em bandos de nada
Na roupa curada
Que a mola prendia

A sombra sentia
O xisto pedia
E a rua corava
Enquanto anoitecia

E veio uma noite
Que gato não mia
Velho banco vazio
E a lua crescia...

Já tardava no dia
No sol que descia
Alguém o tapava
Na flor que ela queria

E na rua ao lado
O cigarro ardia
A loja já tarde
Fechava vazia

Rajadas de vento
Luzeiro faminto
Ilusões na noite
Pedindo alegria

Na rua apresada
Sem tarde e sem dia
De uma levada
Levou a Maria

Cristina

domingo, 18 de outubro de 2009

Equilíbrio e Estilo

Mantenho o meu equilíbrio
Não vacilo
Nem com vaidade
Nem mediocridade
Sigo o meu estilo
Agarro num sorriso debotado
Que cheira a lavado
Faço um quadro

Dentro do pensamento
Se for bom o gosto
Ninguém o paga
Entrega-se numa imagem
Que se guarda
Pedra sobre pedra
Sem uma montagem brejeira
Que se arrecada

Cristina

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Tocar no tempo


Hoje queria tocar no tempo
Com toda a calma do vento
Aquela que nem sempre me apraz
A calma que só se sente
Quando se tem o amor à frente
No silêncio que ele traz
A calma do toque de um beijo
O alento da mão a amar
O meu olhar com respeito
No doce do teu olhar
Venerar o teu sorriso
No segredo do nosso olhar
Segredar-te ao ouvido
Na leveza de te mimar
E sentir que parou o tempo
Só depois dele passar

Cristina

domingo, 11 de outubro de 2009

Nina vitória

Serenai...
Entre as brumas da glória
Adormece...
no sonho da tua história
Serena de mal e bem
Nina vitória...
Os teus sonhos são memória
O que interessa a pátria de onde vens?
Serena a ajuda, meu bem
Não o receies, além…
Se há Heróis, não há medos
Se não o mundo estava quedo
Cheio de filhos da mãe
Embala nesse sono o segredo
De seres o afoite de alguém
…Homem…macaco…
A coragem é que convém!
Cristina

sábado, 10 de outubro de 2009

Sigo por uma estrada...


Todos os dias sigo por uma estrada,
por uma estrada com curvas e lombas,
sigo também em rectas
e por todas abro bem os olhos...

Olho na frente e suas bermas, carregadas de cores,
que mudam no espaço e no tempo.
Vejo murros cinzentos e gradeamentos,
rosinhas e rosas algumas já murchas
outras lindas e viçosas.

Campainhas abertas que mudam
em cada manhã descoberta,
em cada história que é certa
numa paisagem deserta
ou coberta de papoilas, azedas e trevos.

Imagens pintadas nas estações e no tempo…
A vida o momento e o movimento...

O gato que salta,
no miar do tempo corre e trepa,
numa árvore robusta ou noutra já seca,
o cão que não o vê,
envolto no rebanho que passa.

O cavalo parado, preso na corda
muito bem amarado
com o alimento ao lado,
em fardo compresso de palha.

Contemplei as begónias, num murro risonhas,
brancas e rosáceas em cachos vertidos,
junto às trepadeiras nos arames farpados.

Escutei o riso e o choro das crianças
que acordam na beleza da manhã…
O orvalho caído em formosura cristalina e límpida,
no verde das folhas ainda bem hirtas e maduras,
numa gota transparente e pura.

Havia no tempo fios repletos de andorinhas,
num aroma a maça, de uma manhã…
só mais uma com gomos de romã
e brincos de cerejas, num cheirinho a hortelã!

Frutos que nascem…na memória que esboça,
dos caminhos passados. ..
No cheiro a pinheiro e no fruto do marmeleiro
…de quem passou por lá!
No sibilar do andar do vento…

Cristina

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Lágrimas de esperança

Todo este tema da Mutilação Genital Feminina deixa qualquer um sensibilizado, são culturas com actos que jamais um de nós daria credibilidade. É difícil acreditar que algures pelo mundo existem culturas que de um acto tão doloroso são capazes de festejar energicamente. Se nos dessem oportunidade certamente mudaríamos este acto cruel!
Dedico este meu poema a todas as mulheres que sofrem com este flagelo!



Olhar de menina
Em saia de mato
De cara franzina
E olhos lavados

Sua boca é linda
Seu correr é mor
Suas mãos embalam
No peito o valor

És mulher garina
Roubaram-te a cor
Prendes ao cabelo
Uma flor com dor

Guardas no sling
A mais garotinha
Nas lágrimas dos olhos
Que só lhe aguarde o amor


Cristina

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Ensina-me a mendigar


Hoje...
Não fales comigo
Apetece-me calar
Olhar nos teus olhos
Entender e sonhar
Não sentir cada ruga
Que disputa a brigar
Estou farta de ouvir
Conversas…
Chagas…
Mazelas…
De quem, não sabe sonhar
Não digas nada!
…Ouve só o silêncio
Ensina-me a mendigar...!
Cristina

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Velho do mar

Seus olhos, olham para o rio
Defuntos de uma alma
Em correntes de corrupio
Nas vertentes que acalmam

Presos de cruz e ardor
Numa página que lhes fugiu
Lobos despidos nas escuras
Aguardam nas noites pardas

Das forças penadas e puras
Passeios de muita calma
A bengala que os segura
E o velho cão que os guarda

No mar já deixaram a fraga
A bússola e a amarra
Só sobram as ilusões
Dos casacos com brasões

Decorados com botões
De choros de muita mágoa
É uma solidão a dois
Esperado o farol na plaga


Cristina

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Papel Pardo


Ouvi o teu carpido
Que não me zumbiste ao ouvido
Trazia o barulho da água
No gosto de ter bebido

Trazia os olhos já baços
Do sal que batia no vidro
Esses olhares eram traços
Por mim já bem conhecidos

Se o sonho é água que corre
Sou sempre vinho desconhecido
Vazei da garrafa que escorre
Virei papel pardo no vidro

Se um dia acordares na praia
E o sol estalar o vidro
Sou o papel velho encharcado
Dizendo amo-te ao ouvido


Cristina

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tia XD



Sabem o que é sorte?
É ter sobrinhos e filhos que nos ensinam

E ter dois filhos e uma filha
Maravilhosos e lindos
Com primos e primas
Numa casa animada

Começo no L que é o Luís
Era o meu menino
Hoje tem uma linda namorada
e é um homem feliz
Tem uma mão para o desenho
Que já nasceu ensinada

A seguir vem o D que é o Diogo
Era um lindo traquina
A fazer puzzles, ninguém lhe ganhava
Hoje um belo adolescente, meigo e atraente

A seguir vem o M que é o Mário Jorge
Gosta de toda a gente
Fala Inglês correctamente
E com ele é só rir permanentemente

A seguir vem o F que é a Filipa
É uma menina sossegada
Gosta muito de ler
Muito Inteligente e de airosa
Também não lhe falta nada

A seguir vem o C que é a Carolina
A correr deixa todos para trás
A linda loirinha travessa
Uma Maria rapaz, ainda não tem consciência da beleza que traz

A seguir vem o J que é o João
O meu vivaço com memória de espaço
Um grande inteligente, espertalhão
E que grande brincalhão!

A seguir vem o M que é a Marta
A mais nova da tia
Tem um jeito para dançar e cantar (mas que voz),
Nuns olhos azuis e beleza traquina
que reluz.

Eu sou a tia XD…como diz a Filipa
Eles dão-me tanto
Sem eu nunca ter pedido nada… (no Natal fico depenada rsrs)
Eu sem eles não era nada!
Cristina

sábado, 26 de setembro de 2009

Foco


Lentamente apreendo a esponja, sobre o meu corpo
A água resvala, sobre a minha perna…devagar…
Os meus seios iluminam, num raio de luz
Que entrar pela fresta da janela a alinhar
Seguro o cálice, tocando suavemente nos lábios
Sobre a aresta do vidro, a cereja escorrega a delirar
Escuto o ranger da porta, perco-me a sonhar
Passando o pé no pé, deslizo pela banheira
Sinto o meu corpo a escorregar, levanto a perna
E ao afundar, seguro suavemente em cada madeixa
A entrançar, num cabelo negro de te alcançar
E levianamente o sabonete quer se encostar
A porta range e, o peito aquece a queimar
Em flash, com raios de sol a querer-me tocar
No meu corpo o calor incide sobre mim
Liberto-me no espaço da tua ogiva…a saborear!
Cristina

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A caixa fechou no silêncio...

















O palco escureceu
no sereno bailado dos cisnes,
ao enlaçar num rodopiar de corpos
sobre um lago parado,
num reflexo de amor.
...Nas sapatinhas os certeiros passos,
enternecem os gelos...
num descer de corpos desdobrado.

Num lago fundo,
procurando ressurgir
em céu despido, só de duas cores
Azul celeste no branco dos astros e das flores
Bailando ao lacrimejar num tilintar de cristais
de quem não sofre mais.

Assim como quem findou de amores.
Numa caixa de música a bailarina parou
e a caixa fechou no silêncio
nessa noite em que amainou
o quadro do tempo.

Em seu redor
esvoaçaram as folhas
no vento…
Cristina

domingo, 20 de setembro de 2009

sábado, 19 de setembro de 2009

Teu corpo é um feitiço


Vens devagar…

Navegas no meu silêncio
Até me encontrar
Teu corpo é um feitiço
Tua boca a perdição
Tuas mãos são duas conchas
Vindas nas ondas do mar
No azul embala o peito
Até o sol espreitar
Sopra o vento…
Pedindo as estrelas no olhar
Trazes o coração preso
Derramando tanta beleza
No precipício de amar
Corre a vida…
Corre a praia…
Agarra o céu…
E tudo vais encontrar!

Cristina

sábado, 12 de setembro de 2009

Júlia costureira - (Coimbra)


http://www.youtube.com/watch?v=w3ZXE0Ewzb8


Júlia costureira,
Quem a conheceu?
A poetisa…
que nos bancos escreveu
Quem a viu?...
Com tanta fé a rezar
Cada oração, enchia o olhar
Se fui a Coimbra...
Aprendi a amar…
Nos olhos de quem, já a viu chorar
Meus olhos de menina
Sempre a observar
A ânsia de um fato
De quem quer casar
Na capa de um estudante
Que a vai deixar
Histórias do poeta
Que o Mondego amou
Bela D. Inês
Que no amor findou
Lendas não esquecidas
De quem me ensinou
Quem amou Coimbra
E por lá casou
São traços da vida
Em memória amiga
Nos pontos marcados
Que a Júlia traçou

(Dedico com muito amor à minha Júlia)

Cristina

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Por sorte, morreu…



Fiquei intrigada ao ler
Seria versátil
O que queria dizer?
Seria amor, cheiro, cor ou prazer?
Seria até? …
Um rouxinol a crescer…
Seria, ou não seria?
Não quero saber!
Às vezes o que digo é, só por dizer
E, o que eu gosto mesmo é...
de ver o sol a nascer
E correr descalça nas flores sem um prego
a doer.
De correr pelo rio e voltar…
Ser tua, sem ter medo de amar…
Chapinhar…
Chapinhar…
Chapinhar…
Ser proa no barco ao luar
Sentir arrepios, mesmo sem estar frio
Um pássaro a voar com o céu a corar
Agarrar o teu eu, em pleno suar
Borboleta que voou…
E por sorte, morreu…
A saber a(mar)!
Cristina