terça-feira, 27 de outubro de 2009

Senti uma lágrima

Senti uma lágrima a querer balançar
Na rua do sal, presa a sufocar
Senti uma lágrima nas ondas do tempo
Numa cara triste, brilhando em tormento

Senti uma lágrima, devagar…devagar…
Colada ao rosto, não me queria deixar
Eu lavei o rosto, a tentar disfarçar
Mas ela era minha, insistia em rolar

Eu prendi a lágrima, não deixei passar
Ficou presa ao rio, que me queria afogar
Caiu na garganta, num gole de ar

Mas um pingo de água, conseguiu passar
Caiu numa folha, num sonho a voar
Levado num sopro, perdeu-se no mar

Cristina



6 comentários:

  1. Hoje estás para me provocar emoções!

    Muito encanto neste poema!

    Beijocas

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  2. sai de ti a lágrima
    deixa-se semear
    e nascer sorriso
    nas águas do mar

    há lá melhor forma
    de ter sido um dia
    o princípio preciso
    de ser alegria?!...

    ser lágrima tua
    de teu rosto nascida
    se for para ser sorriso
    que te devolva a vida...

    um beijo

    (gostei daqui, deste espaço palavra poema sentidos...)

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  3. Que lindo e comovente, sigo o seu Blog sempre com prazer, mas este seu poema..."bateu bem fundo".
    Um beijo

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  4. E a lágrima se fez rio, e o rio se fez mar e o mar oceano... há lágrimas que são gotas da alma...

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  5. Deixa-a rolar, não a reprimas...:-)

    (Ainda bem que colocaste a foto; conheço-te por outro nome. E afinal és TU!)
    Bj

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  6. Belo este teu poema de lágrima contida, mas de emoções soltas a tocar em nós.

    Beijinho

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