domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sinal de amor


-Não és perfeito!
Mas já não tem jeito
No meu achado

Cada defeito
É mais perfeito
Em quem não vê nada

E quem é louco
Sabe-lhe a pouco
O amor sem nada

Um sinal no peito
Ou uma marca
Na cara
Para quem ama

É idolatrada


Cristina

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Labirinto



O caminho é mesmo ali…
Não te deixes enganar!
Em tanta árvore…
Uma dança com o vento
A querer embalar...
Os galhos suplicam um beijo teu,
Sacodem-se os ramos a evocar.
Num rasgo de luz
O teu caminhar…
Estás tonto, sentes o coração a chilrear
De tanto rodar.
Não procures a saída, sem meditar
Que a ânsia não te vá atraiçoar
Ao brilhar o céu
Nasce o sol
Que se vai pôr, bem juntinho ao mar
Olha para cima
E fixa o olhar.
Nada te vai enganar!
Até um dia nublado…
Tem o sol, lá...
no seu lugar

É o fim do teu caminhar
…Onde o sol morre
Abraçado ao luar

Cristina

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O som do amor



Ele bate devagarinho
Mudo!
Fala baixinho…
Sem violino nem violoncelo
Escuta…
Ele fala apertado
Toca!
Como um tambor…
A fazer musica
Embala singelo
Leve!
Como uma pena
Liberta o peito…
No silêncio mais terno

Cristina


sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nasciam sonhos


Bem claros, nasciam os sonhos
Entre as lágrimas e os sorrisos, nos olhos
No peal da escada, uma boneca, a embalar
Num segmento da vida, vivido no acreditar

Voavam lindos caracóis, corcéis alados
Pentes e penteados, ainda encaracolados
Na soma de vários corações amados
Carrosséis, pincéis, nos dedos livres de anéis

Queria ser princesa, não dizia os rs
O rei da Rússia, tinha que decorar

Vendia sonhos a brincar, aos dedos a dançar
Vestida de espanhola, batia castanholas
Num fatinho modesto, de uma fada do lar

Em frente à porta da Igreja, o sino a marcar
Saudades dos sonhos, saudades do lugar

Cristina