quarta-feira, 21 de julho de 2010
Manhã de neblina
Regalo o corpo
Numa areia fina
Deslizam castelos
Nos dedos de uma menina
Ao recordar esta areia
Sinto um arrepio,
No ventre
Cercado de Maresia
Numa manhã de neblina
...Vejo a Nossa Senhora
Falo com o mar…
Falo com a proa…
(Olho o rio)
Vejo partir uma canoa
Debruada de filigrana fina
Com o teu nome, cravado
Desenhado com a minha boca
Numa noite de céu estrelado
Que levava a minha roupa
Os nossos corpos cruzados
Nos terços das velhas
Rezavam...
Pedindo ao mar
Nossas bocas
Cristina
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