sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nasciam sonhos


Bem claros, nasciam os sonhos
Entre as lágrimas e os sorrisos, nos olhos
No peal da escada, uma boneca, a embalar
Num segmento da vida, vivido no acreditar

Voavam lindos caracóis, corcéis alados
Pentes e penteados, ainda encaracolados
Na soma de vários corações amados
Carrosséis, pincéis, nos dedos livres de anéis

Queria ser princesa, não dizia os rs
O rei da Rússia, tinha que decorar

Vendia sonhos a brincar, aos dedos a dançar
Vestida de espanhola, batia castanholas
Num fatinho modesto, de uma fada do lar

Em frente à porta da Igreja, o sino a marcar
Saudades dos sonhos, saudades do lugar

Cristina

3 comentários:

  1. Que linda menina com direito a boneca, como me
    lembra outra que não teve direito a boneca.
    Também adorei a poesia, me trazendo à lembrança
    o bom que é ser inocente.

    beijinhos linda
    da rosa

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  2. Tenho uma foto parecida vestida de mulher da Nazaré, lindo poema, saudosa infância, tão longe...
    Um beijinho

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  3. Sonhos moldados por lugares e memórias de um tempo embalado em caracóis de cabelo alados e onde os sonhos não eram mais que corcéis imaginados!

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