sábado, 29 de agosto de 2009

Fadista


Não chames fado à morte
Se o fado és tu quem o cantas
Vai lá beber, um copito
Que não te seque a garganta

O rio corre deitado
Correndo vai a algum lado,
Cantando o fado
Na manta.


Ó fado! Ó fado!
Quando colheres o lavrado
No cultivo lado a lado
Reza ao vinho abençoado
No xaile branco e bordado
Limpando o nó da garganta

E chama lá a aurora
Que ela vai chegar na hora
Das flores tomarem cor
No brilho da uva santa

Quando cantares à noite o fado
De manhã o sol levanta

O rio corre deitado
Correndo vai a algum lado
Cantando o fado
Na manta.

Dedico a um fadista, abençoada garganta!

Cristina

Sem comentários:

Enviar um comentário